terça-feira, 1 de novembro de 2011

Feist desapareceu do mapa (ou de "Metals")

A primeira vez que ouvi Feist foi em minha casa, cortesia do meu padrasto. Na altura, muito sabichona, sabia tudo do mundo da música alternativa, mesmo que não soubesse nada. O meu padrasto está sempre a dizer que também sabe muito de música, apesar de ter parado no ano 2000 e eu também afirmo a mesma coisa, a diferença é que eu tenho tempo para pesquisar. Venha o diabo e escolha quem mais sabe. Um dia, estávamos a jantar e ele pôs uma colectânea chamada “Modern Folks” em que numa música começou a cantar uma rapariga. E eu, com uma bazófia do tamanho do mundo, afirmo a mítica frase: “Isto é Feist” (tomar especial atenção para o facto de nunca ter ouvido Feist, tinha uma pequena ideia de como seria, mas nunca tinha ouvido), ao que o meu padrasto respondeu: “Não, isto não é Feist” e eu insisti, mesmo nada sabendo do que estava falando: “Tenho a certeza que isto é Feist” e ele ainda mais teimoso: “Eu já não oiço há algum tempo, mas sei que isto não é Feist”. Lá me levantei e fui ver a capa do álbum. Era Feist. Dom??? Não, mas não sabia mesmo do que estava a falar na altura.
Mas eu pensava que não gostava de Feist, pela aquela música, ou pelo quão bem a conhecia, pensava que não era algo que me assiste.
A primeira vez que me apercebi de que estava a ouvir Feist foi cortesia dos Kings of Convenience, no álbum “Riot On An Empty Street”, eu adorava as músicas “Know How” e “The Build-Up” e simplesmente adorava a voz da cantora, que nos acalmava ao mesmo tempo que os Kings Of Convenience. Wikipedia. Era Feist. E a partir daí, a minha vida mudou (mas só um bocadinho, não muito).
E como saiu há relativamente pouco tempo o novo álbum dela, “Metals”, decidi ver (e ouvir) como é verdadeiramente Feist.
E não sei como me sentir, aquela emoção que senti nas músicas dos Kings Of Convenience, simplesmente não está lá. O álbum é muito giro, surpreendeu-me, dando especial atenção às músicas “Caught A Long Wind”, “How Come You Never Go There” (que nos faz lembrar jazz), “Undiscovered First” e “The Bad In Each Other”.
Mas simplesmente aquilo que sentia não está lá. Por isso, como estava com dúvidas, fiz download do álbum dela “The Reminder”, que dizem ser o melhor.
Começo a ouvir. Cá está a Feist que procurava. A que cantou com os Kings Of Convenience. Essa rapariga desapareceu do mapa (ou de “Metals”).
Digo mais uma vez e com muito gosto. O álbum “Metals” é muito bom. Mas o primeiro era melhor…

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